No reinado da boa mesa, a cultura paraense

Ver-o-Peso da Cozinha Paraense

Está acontecendo em Belém o Ver-o-Peso da Cozinha Paraense – edição 2014 –, aonde renomados chefs, de todos os cantos do Brasil, se reúnem para trocar experiências e conhecer novidades da culinária local. Neste ano, o evento traz também a primeira edição da Feira de Produtores do Ver-o-Peso da Cozinha Paraense, no Shopping da Avenida Visconde de Souza Franco. Lá, o visitante irá encontrar produtos inusitados como o tucupi preto e a geleia de pimenta. Além, é claro, das tradicionais goma de mandioca e farinha de Bragança.

Hummm. Alguém aí quer uma tapioca com manteiga? Quanto à farinha, que tal fazer uma parceria, hein? Com açaí. Sempre lembrado, está em seu reinado de excelência, agora que conquistou a atenção de todo o mercado nacional, sendo também internacionalmente valorizado. Quem ainda não conhece, não sabe o que está perdendo. Quem já conhece, virou fã. É impossível não se apaixonar pelo sabor adocicado, seco e frutado desse que também é chamado o “vinho da Amazônia”.

Panorama da feira de produtores
(Foto: Tarso Sarraf)

O evento e a feira vão até domingo, dia 1º de junho. Confira aqui o elenco de restaurantes participantes.

#porquemodatambéméculturaregional

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Fonte: http://www.veropesodacozinhaparaense.com.br/v2014/noticias.php?c=7

E por falar nisso

Um artista polêmico e genial

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“Vida louca vida, vida breve/ Já que eu não posso te levar/ Quero que você me leve...”. Assim começa uma das músicas de maior sucesso de Agenor de Miranda Araújo Neto, melhor dizendo, Cazuza. Simplesmente um dos maiores e mais icônicos artistas da música brasileira.

Nascido em 4 de abril de 1958, ariano, portanto – o que explica muita coisa – ele começou a atuar como cantor e compositor na banda Barão Vermelho, ao lado de Roberto Frejat, outro grande nome do rock nacional. Mas seu talento e genialidade o levaram além, fazendo com que saísse do grupo e seguisse carreira solo, onde fez ainda mais sucesso que antes.

Cazuza passeou pelo Rock, foi visceral na MPB e flertou abertamente com a Bossa Nova. Fosse qual fosse o estilo em que compusesse ou “apenas” cantasse o que outro escrevera, ele “apropriava-se” da música de tal modo que era quase impossível imaginar um intérprete diferente para uma canção que gravasse.

Influenciado pelo movimento Beat, encontrou terreno fértil para compor um imaginário polêmico e, por vezes, exagerado, assim como o título do primeiro álbum solo e de um de seus muitos sucessos. Construindo um trabalho atemporal, comunicativo e envolvente, tornou-se – sem pretensão para tanto – porta-voz da juventude nos anos 80. Em nove anos de carreira, deixou 126 gravações oficiais, 78 inéditas e mais 34 para outros artistas.
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Musical impressionante: a mesma vibe!

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A histórica “Brasil”, ganhadora do prêmio Sharp de melhor música do ano (1988) e melhor composição pop/ rock (1988), regravada também com bastante êxito por Gal Costa, tornou-se um símbolo. Assim como "Ideologia", "O Tempo Não Pára", "Faz Parte do Meu Show" e "Codinome Beija-Flor". Já a cantora Cássia Eller chegou a lançar um álbum inteiro – Veneno Antimonotonia – somente com composições de Cazuza.

Destemido, declarou-se bissexual e, mais tarde, para tristeza dos fãs, portador do vírus HIV, que ainda nos dias atuais – apesar do grande avanço no tratamento e maior longevidade dos pacientes – é incurável. Faleceu em 1990, não sem antes lutar com toda a coragem que lhe era peculiar. Dando início ao mito que se renova na lembrança dos brasileiros a cada lançamento de uma nova homenagem.

No ano em que completaria cinquenta e cinco anos de idade e que já transcorrem vinte e três de sua morte (2013), foi lançado, no Rio de Janeiro, o musical “Cazuza – Pro Dia Nascer Feliz”, onde a linguagem teatral se une ao carisma vanguardista da música desse poeta voraz. O espetáculo, que já passou pelas cidades de Brasília, Porto Alegre, São Paulo e Vitória, também esteve em Belém, no período de 16 a 18 de maio, com o ator revelação Emílio Dantas como protagonista.

Bravo, Cazuza! Bravo!

Oh,Boy! organiza o glam da torcida

Verde sem data de validade

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Há vários anos que a tendência da inclusão e participação da mulher no mundo esportivo está em curso. No futebol não poderia ser diferente. Seja no campo, onde manda muito bem, seja nas arquibancadas, a presença feminina traz luz aos estádios. Afinal de contas, só elas conseguem fazer de tudo sem perder o charme nem o batom.

A Oh,Boy!, sempre antenada no street movement, vem com petit coleção temática, dentro da principal. Para todas aquelas que acompanham o clima Copa 2014. As t-shirts em algodão, saias, vestidos e shorts em sarja ou jeans são leves, confortáveis e tem aquele visual adoravelmente despojado, que todo mundo busca nesses momentos de torcida. Tem até espaço para um “tipo assim protesto”, daquelas que apoiam a seleção masculina, mas querem dizer ao poder público “estamos aqui e estamos de olho” nas decisões políticas. “Brasil mostra a tua cara” é o que diz uma das camisetas; #modatambéméconsciência.

Cores nacionais, conforto e alegria

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O uso de matizes intensos deixou de ser visto como tabu na moda desde que as coleções trouxeram color blocks, numa releitura dos anos 80. Cores como amarelo canário/ ouro, verde bandeira/ jade, azul anil/ royal/ turquesa, pink e coral, por exemplo, passaram a integrar os guarda roupas de modo mais harmônico, inclusive para os homens.

Adoro esses looks que pedem para ficar na festa um pouco mais sem perder o frescor. O verde e o amarelo trazidos pela marca nessa temporada são assim: vibrantes, alegres e macios. Não incomodam o olhar. Estão presentes em peças lisas e também em grafismos modernos, sem data de validade, apresentando composições que trazem energia ao dia a dia.

Unindo isso à tendência sport – que incorporou definitivamente elementos de vestuário que antes só eram vistos nas quadras, piscinas, pistas, dentre outros – temos um visual moderno (e por que não dizer, duradouro), com apelo street urban e boas doses da jovem delicadeza, que é a assinatura da Oh, Boy!.

Então “se joga” na alegria, em verde, amarelo, azul, branco, preto, cereja e coral. ;-)

No Savoir Faire Showroom de Moda. Disponível para lojistas.

Revival in blue

Flor de lótus: nuances de azul

São três tons que se entrelaçam num algo de índigo, royal e violeta. Gire a cartela! E você terá o azul anil, também chamado azul íris e "azul caneta", como os mais hypados preferem dizer. Qualquer que seja a preferência de nome, é dessa gama que passeia entre a metafísica e a aristocracia que vamos falar neste post. Quase invasivo de tão onipresente, é ele que “dá o tom” na nova trama das sete, da “emissora do plim-plim” – está nos detalhes (mas sempre lá), desde a abertura da novela, passando pelas t-shirts e calças enceradas de Jonas Marra, chegando até (e principalmente) os vestidos, joias e outros acessórios usados por ninguém menos que a espetacular Pamela Parker-Marra! Não é à toa que foi escolhido: o anil possui a aura de mistério que os autores buscam para a ambientação da história.

Com aspecto tão contemporâneo, esse tom possui um visual limpo, enxuto e de grande apelo tecnológico. Diria mesmo que, tal como o verde techno ("inaugurado" nos anos 2000, com a trilogia “Matrix”) e o azul internet (aquele dos cabos de rede), é realmente uma cor que nos leva "sem escalas" a imagens interplanetárias. Apesar disso, é uma cor orgânica presente naturalmente em vários seres vivos: aves, peixes, flores, etc. Sem falar do reino mineral, das gemas preciosas como a safira. E olha que, até agora, nem havia mencionado o céu do Brasil e os mares do Caribe. E o que dizer das janelas, portas e abóbodas dos casarios das Ilhas Gregas? Pura inspiração!

Santorini, Grécia

Além de tudo, o azul anil sabe ser esportivo, casual e sofisticado. Très chic! Está presente fortemente neste Outono/Inverno 2014, tanto nas roupas como nos acessórios que, nesse tom, dão um toque muito especial a qualquer look. Por isso, BOBSTORE, CORPOREUM, DUDALINA FEMININA, LUCIDEZ e OH,BOY! trazem essa maravilhosa cor em suas coleções. Seja puro, seja em leves pinceladas, porém sempre com todo frescor e estilo. Em grafismos, com as tendências natural landscape, urban landscape, flower power e macro flowers e em releituras, com "remixes" do animal print. Pura ousadia e um quê de imprevisibilidade!

Apaixone-se sem restrições por essa cor que promete envolver suas emoções e que, segundo os esotéricos, traz benefícios de cura, transcendência espiritual e intelectualidade. Que tal?!

Disponível para lojistas, no Savoir Faire Showroom de Moda.

Corporeum acerta o mood da coleção Essence

Interpretação arrojada do tema 'flores'

Mais uma vez a Corporeum demonstra grande capacidade de estar em sintonia com o fashion mood do momento. A marca, composta também pelas linhas C. Code e C. Club, consegue ser up to date mantendo-se, ao mesmo tempo, fiel ao próprio estilo/ caminho criativo. Na coleção 'Essence', a Provence empresta sua luz natural – que oscila entre o sépia muito suave e um lilás aconchegante e luminoso – ; algo da atmosfera “medieval”; e as pedras dos casarios preservados que, reinterpretadas como plano de fundo, decoram o desenho de shapes com caimento perfeito.

As estampas 'Grasse' e 'Roche' nos levam a um tour pela Riviera Francesa, região belíssima, muito conhecida pelo clima agradável e pelas deslumbrantes paisagens naturais. A proposta da temporada amadurece a concepção dos padrões florais a outro nível: mais sutil, misterioso e sexy (mas nada vulgar, banal nem previsível). Traz um maravilhoso blend do radiant orchid – a Cor do Ano 2014, selecionada pela Pantone – a nuances de cinzas, amarelos e brancos.
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Cultura da lavanda, na região da Provence

Cores de pétalas e texturas naturais estão por toda parte, desde os tons intensos de fúcsia, passando pelo roxo , marrom (a cor da terra), dark sand (uma possível referência à areia um pouco mais escura das praias europeias) até os vermelhos radiantes, lindíssimos! Também são resgatados os singulares tons de lavanda, que remetem às flores características da charmosa cidade de Grasse – fornecedora, ainda nos dias atuais, de matéria-prima floral para fábricas produtoras de perfumes, dentro e fora da França.

Rendados vêm como jardins em cores inesperadas, "brincam" de esconder/ revelar o corpo da mulher, delineado por modelagens muito bem trabalhadas. Há espaço para o vibrante azul cerúleo e ainda para o nude. Toques de animal print, chique e sofisticado (na Corporeum), acrescentam um lado wild glam discreto. O couro leve e macio, nos tons cereja , preto e amarelo (na C. Code), apresenta a identidade urban casual dessa linha. Magenta, branco e transparências de microtule (na C. Club) fazem a balada ficar sempre mais interessante. Tudo  superdelicado. Ultrafeminino, sem ser piegas. Pelo contrário, as peças atestam extremo bom gosto.

Os comprimentos vão do curto ao longo, passando pelo midi. Volumes fluidos e mais soltos contrastam com peças mais ajustadas ao corpo, mas que preservam movimento e conforto. Texturas aveludadas contrapõem-se a superfícies mais lustrosas, quase metálicas. Há ainda bordados e rendas, muitas rendas, que fazem confirmar a assinatura "neo vintage-cool glam" única da Corporeum – onde a alfaiataria assume novos rumos, reunindo urbanidade e elegância sob o mesmo signo.

Disponível para lojistas, no Savoir Faire Showroom de Moda.

Chic Drop! Lygia Clark é reconhecida em Nova Iorque

A artista posa em frente à série 'Unidade'

O Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA) apresenta, no período de 10 de Maio a 24 de Agosto deste ano, “O Abandono da Arte”. Uma abrangente, por isso inédita, exposição com cerca de 300 trabalhos dessa que foi pintora, escultora e co-fundadora do movimento Neo-Concretista no Brasil, deixando um legado irretocável, o qual abriu fronteiras para muito do que se vê atualmente em matéria de criação e design.

Imagine uma obra de arte que você pode mover, moldar, criar juntamente com o autor o visual da peça. Então, Lygia Clark pensou nisso tudo e colocou em prática a interação do espectador com seus trabalhos de um modo novo, elegante e muito ousado, tornando-se pioneira no modo de utilizar materiais como o plástico e o alumínio. A contemporaneidade expressa em suas criações é tamanha que temos a nítida sensação de que tudo foi feito hoje, para o mundo em que vivemos – da tecnologia, do intercâmbio e das múltiplas possibilidades semânticas da arte! Isso nos mostra o quanto a artista foi precursora e a importância/ valor/ extensão da obra que construiu.

Sundial: enigmático e sofisticado!

Nascida em 1920, em Belo Horizonte, Lygia começou a atuar a partir dos anos 40/ 50, entre Rio de Janeiro e Paris (ah, Paris, berço de tantas artes!). Dedicou-se, inclusive, durante uma parte dos anos 60 e 70, a exercitar os limites cognitivos/ psíquicos da arte na interação do indivíduo/ espectador com certos tipos de peças, como o Goggles (ops, será que alguém por aí teve a ideia para o nome de um site a partir desse trabalho?) e a Máscara Abismo, dentre outros, onde questões introspectivas são o ponto de partida do processo criativo.

Vale muito a pena conferir a obra refinada, bem projetada e verdadeiramente inovadora dessa grande artista, que se intitulava uma “não-artista” (como é que pode?) e foi uma das figuras mais arrojadas de sua época. Mostrando que a época dela não era somente aquela, mas esta de agora, ou melhor, de agora mesmo! Mas, caso você não vá até o sexto andar do MoMA para ver ao vivo, confira os links e aproveite a viagem.

Até o próximo Chic Drop!

Abertura

Neon lights for fashion: luzes de neon para a Moda!

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