![]() |
Theatro da Paz, em Belém: riqueza de áureas épocas |
Está oficialmente aberta a temporada do XIII Festival de Ópera do Theatro da Paz (o nome dele é escrito assim mesmo, com "th"; e viva o charme vintage!). A programação abrange a apresentação de Mefistofele, nos dias 05, 07 e 09 de agosto; Um Americano em Paris e Blue Monday, em 22 e 23 do mesmo mês; e Otello, nos dias 20, 22 e 24 de setembro.
A primeira obra (Mefistofele), de Arrigo Boito – que, na verdade, se chamava Enrico Giuseppe Giovanni Boito – é o tipo de espetáculo, a um só tempo, historicamente polêmico e arrebatador. Na primeira e original versão (1868), foi um choque cultural para a sociedade da época, suscitando críticas extremamente negativas. Na segunda (1875/1876), reformulado, foi sucesso estrondoso, entrando para o seleto hall das clássicas óperas de autores italianos. Baseada em “Fausto”, de Goethe, a tragédia será apresentada novamente ao público brasileiro pela primeira vez em cinquenta anos! E representa o triunfo do bem sobre o mal,ao contrário do que, às vezes, é ignorantemente difundido. O autor (Boito) foi também libretista e amigo pessoal de Giuseppe Verdi, com quem chegou a trabalhar.
A segunda obra (Um Americano em Paris), de George Gershwin – o qual, de fato, se chamava Jacob Gershowitz – é mais próxima dos nossos dias, 1928, pleno século XX. Estreada em lugar “conservador” àquela altura (Carnegie Hall), obteve críticas iniciais negativas, explicadas, hoje, pelo fato de ter introduzido um estilo inovador de musical: mais popular e com elementos de Jazz. Tornou-se filme (mantendo o título original) e, lançado em 1951, foi vencedor de seis Oscars, sendo escolhido pelo American Film Institute um dos 100 melhores filmes americanos de todos os tempos. Hoje é um clássico absoluto e de grande público. O compositor (Gershwin) trabalhou ainda no tipo de apresentação chamado vaudeville, um show de variedades que ia do clássico sem glamour ao popular burlesco. Algo parecido com os programas de auditório da atualidade, uma especialidade dos Estados Unidos.
A primeira obra (Mefistofele), de Arrigo Boito – que, na verdade, se chamava Enrico Giuseppe Giovanni Boito – é o tipo de espetáculo, a um só tempo, historicamente polêmico e arrebatador. Na primeira e original versão (1868), foi um choque cultural para a sociedade da época, suscitando críticas extremamente negativas. Na segunda (1875/1876), reformulado, foi sucesso estrondoso, entrando para o seleto hall das clássicas óperas de autores italianos. Baseada em “Fausto”, de Goethe, a tragédia será apresentada novamente ao público brasileiro pela primeira vez em cinquenta anos! E representa o triunfo do bem sobre o mal,
A segunda obra (Um Americano em Paris), de George Gershwin – o qual, de fato, se chamava Jacob Gershowitz – é mais próxima dos nossos dias, 1928, pleno século XX. Estreada em lugar “conservador” àquela altura (Carnegie Hall), obteve críticas iniciais negativas, explicadas, hoje, pelo fato de ter introduzido um estilo inovador de musical: mais popular e com elementos de Jazz. Tornou-se filme (mantendo o título original) e, lançado em 1951, foi vencedor de seis Oscars, sendo escolhido pelo American Film Institute um dos 100 melhores filmes americanos de todos os tempos. Hoje é um clássico absoluto e de grande público. O compositor (Gershwin) trabalhou ainda no tipo de apresentação chamado vaudeville, um show de variedades que ia do clássico sem glamour ao popular burlesco. Algo parecido com os programas de auditório da atualidade, uma especialidade dos Estados Unidos.
![]() |
Gene Kelly, como Jerry Mulligan: 'Um Americano em Paris' (cena do filme) |
Na última obra, não há menos brilho: Otello é considerada uma das melhores montagens sobre uma obra de Shakespeare. Composta por Giuseppe Verdi e apresentada pela primeira vez em 1887, é apontada como a maior tragédia já composta pelo autor. Diz a lenda que Arrigo Boito, por ser um altamente conceituado libretista (de Óperas), foi trazido para um jantar na casa de Verdi; onde, juntamente com outros personagens dessa “reunião que não era para ser reunião, era para se parecer somente com um jantar”, cativou no já estrelado Giuseppe a ideia de um espetáculo novo baseado em Othello,The Moor of Venice, de William Shakespeare. Vicejante, aos poucos a semente foi virando árvore e da sugestão surgiu outra obra-prima. Já na estreia, a composição mostrou-se um sucesso absoluto, gravando seu título para sempre no áureo mármore das grandes óperas.
Vale muito a pena assistir a esses renomados espetáculos! Para adquirir os ingressos – com exceção dos bilhetes para Otello, que só serão disponibilizados ao público em setembro – as bilheterias do Theatro da Paz funcionam de segunda a sexta-feira, de 9 às 18 horas; sábado, de 9 às 16 horas; e domingo, de 9 às 12 horas. Ainda dá tempo de comprar. Corre lá!