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Vin Diesel: depois de acertar uns 'marmanjos' nas telonas, desafia a opinião pública usando um leather kilt durante uma das edições do EMA |
Pegando carona nas semanas de moda internacionais, vide London, Paris, e New York Fashion Week, Edição Men's Wear, pensamos em falar sobre um tema que gera opiniões controversas: o uso de saias e dos tradicionais (nunca os chamemos de saias, ok) kilts pelos homens. Tabu que gerou a polêmica e, assim, o crescente interesse do público masculino pelo assunto. Pauta relevante para nós que trabalhamos com moda, como tantas outras dentro do universo formado pelos significados dos itens que vestimos, as origens do que hoje chamamos saia remontam ao Antigo Egito e até mesmo à Pré-História. Portanto, estamos falando de tradições indumentárias com mais de dois mil anos!
No passado, exércitos e gladiadores, reis e imperadores usavam túnicas, curtas e compridas, respectivamente, bem como peças mais curtas – às vezes feitas em couro – na altura dos joelhos ou logo acima deles, por sobre a “roupa íntima” – que, na época, consistia de um habilidoso trabalho de amarrações feitas com uma faixa de tecido, precursor das underwears masculinas. E isso em nada prejudicou suas vidas, vitórias, conquistas e governos. Isso sem mencionar o complexo trabalho de confecção dos hakamas que, quando inteiriços, assemelham-se a um kilt longo até os pés. O próprio kilt teve origem na Cultura Celta, por volta do séc. XII, tendo se transformado em traje nacional, símbolo da Escócia.
Saias sempre foram artigo comum no guarda roupa feminino, porém, de uns tempos para cá – talvez influenciados pela chamada "moda de subculturas"; ou pelo Kanye West; ou pelo Marc Jacobs (esse último, indo muito além de tudo o que já se viu anteriormente, chegando a usar t-shirt dresses) – alguns rapazes estão aderindo ao uso de um certo tipo de saia inspirada nos kilts escoceses. O "novo" item vem sendo chamado pelos trend setters de 'saia masculina' e costuma ter modelagem mais reta, comprimento na altura dos joelhos ou logo abaixo (mas há também a comprida até as canelas), sendo confeccionada em tecido geralmente mais espesso e com aspecto estruturado, “masculinizado” por assim dizer, por contraditório que possa parecer.
Como toda "quebra" de padrões, há grandes divergências e eventuais radicalismos. Pois, apesar de muitas, e cada vez mais, pessoas admirarem ou simplesmente aceitarem o hábito, muitas outras olham com incômodo(e até um pouco de desdém) o resgate dessa forma de traje que, antes de ser de gênero, diz respeito a formas de expressão humana em relação ao próprio corpo. Mas, o que a maioria dos homens pensa a respeito? Você, homem, usaria? Você, mulher, o que acha disso? Gostaria ou não se oporia se seu namorado, marido, “ficante”, etc. decidisse usar um dos itens citados?
Bem, justamente sobre o ponto “medo do que todos em volta vão pensar”, reunimos alguns exemplos: (o rei Leônidas) Gerard Butler, (o Riddick) Vin Diesel e (ninguém menos que o eterno 007) Sir Sean Connery. Três atores com carreiras bem consolidadas e que influenciam muitos jovens com seus trabalhos. O fato de eles ou qualquer outro homem vestir kilts ou saias – e até mesmo o ousado t-shirt dress, que mais parece uma 'túnica moderna' – nada tem a ver com orientação sexual. O "problema" está nos olhos de quem observa. Trata-se de uma questão cultural, na qual somente desconstruindo alguns dos signos assimilados na infância (onde a gravura vestindo saias representava a mulher e aquela trajando calças simbolizava o homem), será possível perceber o que existe dentro da roupa: a pessoa, o ser humano, independentemente do que esteja vestindo.
Assim, tudo fica mais simples e mais lógico. Não é mesmo? Ih, agora complicou? #Sqn! Se formos pensar em termos de uma separação absoluta, mulheres não poderiam usar calças, smokings então, nem pensar! No entanto, o smoking feminino existe e é aclamado por ambos os gêneros. Fashionismo ou não. Com classe ou no estilo "comprei essa aqui no brechó da esquina, será que serve, ou esse pano de cortina já era?" (sim, apesar de a moda ser algo muito livre, há aqueles mais irreverentes que fazem tudo ao contrário e, infelizmente, caem no mau gosto, chegando ao ridículo; então #ficaadica: vale usar o bom senso, pois #carnaval é só em fevereiro e #halloween, em 31 de outubro), o fato é que a tendência está nas ruas e tem tudo para ser incorporada ao day-by-day da cultura nacional, assim como as bermudas.
No passado, exércitos e gladiadores, reis e imperadores usavam túnicas, curtas e compridas, respectivamente, bem como peças mais curtas – às vezes feitas em couro – na altura dos joelhos ou logo acima deles, por sobre a “roupa íntima” – que, na época, consistia de um habilidoso trabalho de amarrações feitas com uma faixa de tecido, precursor das underwears masculinas. E isso em nada prejudicou suas vidas, vitórias, conquistas e governos. Isso sem mencionar o complexo trabalho de confecção dos hakamas que, quando inteiriços, assemelham-se a um kilt longo até os pés. O próprio kilt teve origem na Cultura Celta, por volta do séc. XII, tendo se transformado em traje nacional, símbolo da Escócia.
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Kanye West: sobreposições em couro, all black |
Como toda "quebra" de padrões, há grandes divergências e eventuais radicalismos. Pois, apesar de muitas, e cada vez mais, pessoas admirarem ou simplesmente aceitarem o hábito, muitas outras olham com incômodo
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Sean Connery: ícone masculino para mais de uma geração,
compareceu a caráter na cerimônia onde foi agraciado com o título Sir |
Assim, tudo fica mais simples e mais lógico. Não é mesmo? Ih, agora complicou? #Sqn! Se formos pensar em termos de uma separação absoluta, mulheres não poderiam usar calças, smokings então, nem pensar! No entanto, o smoking feminino existe e é aclamado por ambos os gêneros. Fashionismo ou não. Com classe ou no estilo "comprei essa aqui no brechó da esquina, será que serve, ou esse pano de cortina já era?" (sim, apesar de a moda ser algo muito livre, há aqueles mais irreverentes que fazem tudo ao contrário e, infelizmente, caem no mau gosto, chegando ao ridículo; então #ficaadica: vale usar o bom senso, pois #carnaval é só em fevereiro e #halloween, em 31 de outubro), o fato é que a tendência está nas ruas e tem tudo para ser incorporada ao day-by-day da cultura nacional, assim como as bermudas.