Ainda me lembro de, quando criança, sentar naquele banquinho de madeira e ficar ali por horas observando meu bisavô e minha tia cortando, ordenando e costurando – cuidadosamente – pedaços de seda e algodão, de tamanhos idênticos e variadas estampas. Faziam também o que aqui em Belém chamamos fuxicos – inacreditáveis de tão perfeitos –, os quais dariam origem a objetos como almofadas e tapetes (bem descolados, por sinal). Havia algo bucólico naquela cena, não sei se pela luz das velas brancas ou das lamparinas (gosto do meu bisavô); ou se pelo cheiro de comida caseira (outro grande talento da minha tia), preenchendo toda a casa em um misto de amor familiar e “alta” gastronomia baseada no saber popular.
16 de março de 2015
7 de março de 2015
Mulheres
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Débora Nascimento |
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