24 de junho de 2014

Lucidez abre as portas de um jardim misterioso

Criatividade na releitura do animal print

Ao olhar o editorial de Outono/ Inverno 2014 da Lucidez, a primeira sensação que tive foi a de estar em outro ambiente. O aroma na brisa que exalou daquelas páginas não era da tinta, mas longe disso, parecia verde, denso, misterioso, penetrante e, ao mesmo tempo, refrescante, leve e agradável. Espera um momento, essa descrição se parece muito com aquela feita pela Aromaterapia sobre o “oakmoss”  também chamado "o bosque envasado" –, um óleo essencial de elevado valor comercial, bastante empregado na alta perfumaria.

A impressão repetiu-se quando assisti ao promo video da temporada, gravado no belíssimo Parque da Cidade (Gávea, Rio de Janeiro). Curioso como funciona a relação entre a visão e o olfato, não é mesmo?! Foi justamente essa tendência primordial do ser humano de contemplação à natureza, somada à necessidade de criar áreas de ventilação em torno e dentro das edificações, que deu origem à construção de jardins, há muitos séculos atrás.

Isso nos remete a projetos suntuosos, como os Jardins Suspensos da Babilônia  uma das sete maravilhas do mundo antigo –, presente do rei Nabucodonossor à esposa, a rainha Amyitis. Apesar dos relatos remanescentes contarem, em detalhes, o deslumbramento da estrutura (gigantesca)  composta por terraços irrigados superpostos em níveis, com árvores frutíferas e decorativas, plantas das mais diversas regiões do reino, animais exóticos de várias espécies, além de fontes e escadarias –, pesquisadores declaram que não existem achados arqueológicos suficientes para a localização definitiva dessa façanha arquitetônica. Amazing!


Parque Güell, em Barcelona: arquitetura de Gaudi  obra de arte urbana

Assim como um jardim de bom gosto, a coleção Lucidez foi muito bem planejada. Um mundo de fantasia lúdica/ urbana, com texturas e cores misteriosas. Onde o sol adquire tons de encantamento e poesia. A noite, por sua vez, é repleta de verdes sublimes. Os tecidos fazem as vezes de árvores/ florestas. Elaborados gradis, atravessados com suavidade pela luz da manhã, tornam-se estamparia das mais requintadas. Vejo flores surreais desabrochando em plissados irretocáveis! Vestidos com motivos gráficos que lembram os mosaicos multicoloridos de Gaudi. Recortes estratégicos em preto e cinza ardósia fazem as vezes de degraus/ escadarias, remodelando o corpo em shapes longilíneos.

O notável amarelo sun foi usado na medida certa; assim como o cereja, que vem lindo e suculento; frutal. Tons de off-white, bege e marrom pincelam a paisagem; são os neutros essenciais. O azul anil vem puro ou mixado ao animal print; inspiração atemporal!  O couro apresenta-se macio e confortável, em tons de cobremarine e preto. Os grafismos aparecem em vários momentos: como folhas quase douradas de palmeiras; como croquis de flores estilizadas; em traçados que lembram vitrais angulosos recortados com precisão, nos tons garrafa fúcsia; e ainda em formas rochosas/ "blocadas" (referência a muros e pedras) que, com o toque brilhante e suave da malha, constroem uma silhueta sensual cool.

Transparências discretas, pontuais, reforçam o ar de mistério. Algo dboho chic, e até mesmo de dark romance, aparece em alguns trechos do caminho, com rendados opacos, apliques em cristal negro e bordados florais arabescos. Detalhes que fazem toda a diferença! Embora o tema principal seja lúdico, tudo é muito prático. Há uma atenção especial à modelagem, o que resulta em caimentos preciosos, desde os looks mais sofisticados até os mais casuais. Vestidos, saias, blazers e calças elegantíssimos confirmam essa observação. No conjunto da obra, a coleção apresenta peças que traduzem grandes tendências da temporada, em uma seleção criativa, bem projetada e, principalmente, muito usável.

Disponível para lojistas, no Savoir Faire Showroom de Moda.


23 de junho de 2014

Os mistérios do vermelho – Parte 1

Perguntemos a Dali, clássico ou clichê?

Fascinante e misterioso, o vermelho é a primeira cor obtida durante a dispersão luminosa – fenômeno físico de fragmentação da luz branca nas sete cores principais perceptíveis à visão humana. Chamado também de escarlate ou encarnado, o modo como o percebemos na prática pode variar de acordo com a quantidade de amarelo, azul, preto ou branco que lhe seja adicionado. Desse modo, os tons de cor-de-rosa são derivações do vermelho, assim como os marrons, os roxos e os alaranjados. Historiadores afirmam que o homem das cavernas já atribuía sobrenaturalidade à cor por ser a mesma do sangue.

Existe a lenda de que Cleópatra, determinou que só ela poderia usar esmalte encarnado, durante seu reinado no antigo Egito (poderosa ela, hein!). Na Grécia dos imperadores, o escarlate "distinguia" o César e todos os seus poderes “sobre-humanos” do resto dos mortais. Por ser um matiz, assim como o roxo, muito difícil de se obter naqueles tempos, o alto custo fez com que ficasse praticamente restrito à aristocracia, a reis e rainhas, na Europa Medieval e Renascentista. Ao longo dos séculos, algumas religiões assimilaram significados remanescentes do vermelho. O resultado desse manejo tanto secular quanto religioso para os dias atuais é que, no inconsciente coletivo, o poder tem sido associado à cor vermelha das mais variadas formas (sem exortações partidárias, ok).

Mesmo visto sob opiniões negativas em algumas culturas pelo mundo – como sinal perigo, violência e até do mal –, o que se pode perceber é que não há uma ideia absoluta, mas um sentido definido de acordo com o contexto. E poderíamos nos perguntar: como seria o mundo sem o vermelho? Isso afetaria inclusive a percepção de outros tons, dele resultantes. Animais, flores, plantas, o pôr do sol, o próprio sol, e as estrelas, nenhum deles seria o mesmo sem essa cor. A vida é assim, diferente, para os daltônicos, pessoas que sofrem de uma alteração na retina, que faz com enxerguem de um modo diverso algumas das cores nas imagens "capturadas" pelos olhos.
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Peça da coleção Essence - Corporeum

Nesta temporada (e também na próxima, já podem divulgar!), o vermelho continua em alta. Para dizer bem a verdade, ele jamais saiu de moda. Ao longo dos últimos anos, – até mesmo com o lançamento de flankers em perfumaria e cosméticos nas versões red ou hot (cujas embalagens quase que invariavelmente são vermelhas) –, a tendência vem se renovando. Às vezes minimalista, às vezes em color block, ele surge límpido, em texturas que vão do fosco/ aveludado ao verniz/ lacquer, sempre valorizando o look como um todo.

Chapéus, echarpes, bolsas, cintos e sapatos em vermelho, tanto para as mulheres quanto para os homens (cada vez mais antenados), são altamente usáveis e bem mais fáceis de coordenar do que se supõe. Must have, now! Nas coleções das marcas da casa – Bobstore, Corporeum, Dudalina Feminina, Lucidez e OhBoy! –, ele vem glamouroso (ah, sim, o Aurélio já autorizou essa grafia), em shapes completos, como vestidos e macacões, ou ainda como complemento indispensável, em blusas, calças e blazersDo tomato, também chamado vermelho coral, ao twilight red ou vermelho crepúsculo (com nenhuma apologia à famosa saga), irmão gêmeo do wine red ou vinho; todos os tons estão valendo.

A moda não seria a mesma sem o vermelho: a cor da vida e das paixões! As artes, de um modo geral, seriam menos ricas de expressão. Que tal os filmes de Almodóvar ou as peças de Miguel Falabella sem essa cor? Como teriam sido os anos 80 e sucessos como “Uma Linda Mulher” sem aquele belo vestido (impecavelmente usado pela icônica Julia Roberts com luvas 7/8 brancas e um colar de rubis com diamantes)? Não conseguimos nem arriscar imaginar! Então brindemos, com champagne rosê, a Garry Marshall, Kandinsky, Dali, Valentino e tantos outros nomes que deixam ou deixaram seus incríveis registros sobre como vêem/ viram o mundo pelas lentes escarlates!

17 de junho de 2014

Dudalina Feminina: Viena – clássico e vanguarda em equilíbrio

Elegância no contraste bem dosado
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Conhecida pela tradição artística e científica, Viena, generosamente, emprestou algo do savoir faire europeu clássico à Dudalina Feminina, para a criação da coleção que traz o mesmo nome da cidade. Localizada dentro do estado da Baixa-Áustria (Niederösterreich), aparece nos mapas como se fosse o centro de uma “orquídea estilizada”, uma obra de arte pós-moderna (legal, né?)! Destaca-se pela arquitetura renascentista, vista tanto na renomada Ópera, bem como nos vários prédios conservados, espalhados pelo projeto urbano, que abriga museus, palacetes, monumentos, jardinsgalerias de arte e confeitarias tradicionais.

É palco de várias expressões artísticas, vide Gustav Klimt, e também chamada a “cidade dos músicos” (por ser um dos berços da Escola Erudita), onde nasceram Schubert e os Strauss I e II; foi ainda a morada escolhida por nomes como Beethoven, Mozart e Haydn. Estende-se sobre ambas as margens do famoso, imortalizado em valsa, rio Danúbio e é a capital da Áustria – país situado na Europa Central e um dos mais ricos do mundo –, sendo considerada pelos indicadores internacionais de qualidade de vida um dos melhores locais para se viver.

Burgtheater, o Teatro Nacional: bela arquitetura
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A Dudalina, marca que prima pelo preciosismo na modelagem e nos acabamentos, tem mesmo tudo a ver com esse ambiente que reúne, como nenhum outro, tradição, bom gosto e um quê de modernidade pós-revolução industrial – onde a alta gastronomia circula em petit comité com as artes de vanguarda. Na paleta de cores da coleção feminina Viena, tons de azul que vão do índigo, passando pelo royal até o soft blue, todos muito elegantes; aliados a marrons suaves em tons de pedra "medieval", arriscando aqui e ali texturas de um animal print reinterpretado, discreto. Nesse cenário, brotam sedas em macro flowers, para vestir de delicadeza o corpo da mulher.

Toques de amarelo suave, radiant orchid, magenta, roxo, vinho e vermelho vívido contrastam com o vintage rose e os verdes em nuances de jade e dark emerald. Branco e preto surgem impecáveis, assim como as listras e os xadrezes, que seguem a cartela cromática, formando um conjunto harmonioso. A alfaiataria é o ponto de partida mas, além das camisas e calças de toque aveludado ou acetinado, há espaço para os vestidos em comprimento midi com gola pólo, assinatura da marca, chemisiers, cardigans, e shorts. Do chic sofisticado e absoluto ao jeans casual, de caimento excepcional, o elenco de peças é mais que um charme; é de se apaixonar mesmo!

Must have, now! ;-)

Disponível para lojistas, no Savoir Faire Showroom de Moda.


Mexendo nos assuntos de Afrodite

"Vênus fashion". Releitura criativa!
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Quando falamos sobre mitologia, no post anterior, a memória nos fez lembrar daquela que foi venerada pelos gregos como a deusa da beleza, Afrodite  chamada Vênus, entre os ramanos –, retratada pelo talento e imaginação habilidosa de Botticelli. Seja como for, a personificação do ideal da perfeição feminina, relacionado também à fertilidade e à sedução, está presente em várias culturas ao redor do mundo. Assim, encontramos o culto a Hator e Ísis, no antigo Egito; a Lakshmi, na Índia; e a Iemanjá e Oxum, no Brasil, como herança de tradições religiosas africanas.

É curioso notar a simetria existente entre as características/ atributos dessas divindades, nos mitos/ rituais de vários povos. Mistérios à parte, o tema é realmente interessante e mostra a importância dada ao assunto, seja no Ocidente, seja no Oriente. Começamos falando sobre isso porque esteve em Belém a ótima peça "Razões Para Ser Bonita" (por sinal um dos poucos exemplos onde o título traduzido é bastante fiel ao original), adaptação de "Reasons To Be Pretty" – grande sucesso na Broadway –, do aclamado roteirista, cineasta e dramaturgo Neil LaBute, reconhecido pelo humor ácido e a abordagem inteligente de temas contemporâneos.

O foco dessa crônica de costumes é o “drama” de viver em um mundo onde a beleza é o parâmetro de inclusão social. A insegurança de uma mulher (Steph/ Ingrid Guimarães) com a própria aparência gera a crise que é o ponto de partida, estopim do fim de um relacionamento amoroso. Tudo porque ela fica sabendo que o namorado (Greg/ Gustavo Machado) a considera “apenas comum”, sem saber que ele também dissera que não a trocaria por outra mulher. A partir daí o texto se desenvolve fazendo crítica a uma sociedade onde os ideais estéticos são cada vez mais inatingíveis e as consequências disso.

O tipo de humor presente no espetáculo é bem diferente dos esquetes da eterna Leandra Borges que, depois de dez anos de sucesso em “Cócegas” (ao lado da não menos competente Heloísa Périssé) decidiu explorar um aspecto mais intimista e dramático na atuação cômica, permitindo que o público conheça novas e intrigantes facetas de sua personalidade criativa. Completam o elenco os belos atores Marcelo Faria e Aline Fanju. Com direção de João Fonseca, as apresentações aconteceram no Teatro (obra de arte) da Paz. Um sucesso!
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O "drama" de ser comum. Drama?


11 de junho de 2014

Chic Drop! Música é...

Musas dançam com Apollo, de Baldassare Peruzzi
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O produto da combinação entre ritmo, melodia e harmonia; que, por sua vez, corresponde ao modo como os acordes (notas musicais) são organizados. Teve como origem do nome o vocábulo grego “musa” – na mitologia grega, “entidade” capaz de inspirar a criação artística e científica. Naquela cultura , as musas eram as nove filhas de Mnemosine e Zeus, e cada uma delas regeria certa habilidade intelectual/ criativa. A palavra museu (museion – o templo dedicado a elas) também deriva dessa mesma raiz helênica.

Apenas instrumental ou também cantada; tão universal e tão particular na forma de sentir, a música, para muitos de nós leigos é compreendida apenas como o resultado final que escutamos. Quando então expressamos opinião do tipo “gosto” ou “não gosto”. Porém, algo é quase que absoluto: temos uma relação sentimental com ela, não há como ficar insensível e cada um tem um gosto pessoal, dentro dessa que é chamada uma das Sete Artes Liberais.

A diferença entre os gêneros musicais não está só na “embalagem”, mas na própria estrutura e densidade da composição. Daí o aparente abismo entre Tchaikovsky e Freddie Mercury – bem, se você for muito jovem, devo citar a Lady Gaga. Por que citei os três? Simplesmente porque muitos dos cantores utilizam-se da Escola Clássica, como uma fonte, de onde "bebem" a inspiração e obtêm o aprendizado, que servirá de base para as próprias composições.

Xanadu: dizem que o filme é “brega”, mas a trilha sonora é aclamada
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A agora famosa Stefani Germanotta (mas, quem será essa? :-)), estudou em uma das melhores escolas da área, nos Estados Unidos, a Tisch School of Arts. Músicos de Synth Pop, como o duo HURTS, também passaram pelas rigorosas lições do conservatório. O rock, por diversas vezes uniu-se a orquestras, brindando o público com apresentações ousadas, primorosas! Exemplos disso são as uniões U2-Pavarotti e Scorpions-Filarmônica de Berlim. Inúmeros são os nomes que poderíamos citar para confirmar o fato de que não há o popular sem o erudito, pois existe aí uma simbiose que se autorregulamenta.

A moda que o diga! Onde o street wear “invadiu” até mesmo as passarelas mais vips, levando até ali frescor e casualidade. Alguém idealiza um desfile de coleções de grife sem música? Então! Essa é mais uma aplicação do som: dar volume e unidade semântica a um ambiente. No dia a dia, se observarmos as tradições culturais, festas populares e rituais religiosos, notaremos que todos fazem uso de cânticos/ cantos e melodias.

A abrangência do serviço que nos presta a música é tamanha que existe uma área nova de pesquisa em Medicina sobre o poder de cura através da musicoterapia. Que tal? Imagine um som capaz de reequilibrar as funções vitais e que ajude a combater as doenças! Bem, considerando que música é emissão de vibrações sonoras e que isso também é uma forma de energia, parece muito racional entender que possa realmente trazer algum conforto.

E você, qual é a sua canção preferida e o que ela lhe inspira? Será que foi a musa Kira que a trouxe do Monte Olimpo?


7 de junho de 2014

XXVII Edição

FIMUPA 2014

Acontece em Belém o XXVII Festival Internacional de Música do Pará. O evento que se encerra dia 08 de junho, tem como foco o intercâmbio entre os musicistas  alunos e professores  nacionais e os internacionais, além das apresentações artísticas propriamente ditas. Atualmente o FIMUPA é considerado um dos melhores festivais do Brasil e também da América Latina.

Abertura, com a Banda Sinfônica da Fundação Carlos Gomes

#aboamúsicanãosaidemoda

Fontes: http://fimupa.com.br/
http://www.fcg.pa.gov.br/noticias/concertos-de-banda-e-orquestra-abrem-xxvii-festival-internacional-de-m%C3%BAsica-do-par%C3%A1

Outono/ Inverno 2014 - Bobstore

6 de junho de 2014

Bobstore traz inverno exótico

Étnico urbano, seu lindo!

A Bobstore atravessou o Oceano Atlântico em busca dos tons terrosos e das estamparias de espírito tribal, para produzir uma coleção Outono/ Inverno onde o rústico é chic e o animal print, imprevisível. Foi a África, registrar que a harmonia suntuosa da natureza é uma inspiração sem igual. Engana-se quem pensa que no continente africano só existe calor. Não! Lá, pode fazer muito frio também. A amplitude térmica – variação entre a temperatura máxima e a mínima, registrada num dado período de tempo – é poderosa, fazendo com que os habitantes locais tenham que lidar com contrastes intensos ao longo do dia e durante a noite.

O modo como os nativos relacionam-se (pelo menos os povos de costumes mais tradicionais) com as florestas e os animais traz sabedoria: ensina que é preciso respeitar a natureza, valorizá-la, pois somos parte dela. O equilíbrio está na unidade. Ou como dizem: “ubuntu”Dessa filosofia emana um cenário repleto de serenidade. Quente, mas não fervendo; apenas aquecido. Confortável e aconchegante como um mantô perfumado com vetiver – não consigo pensar em um aroma mais apropriado, pois reúne em si as profundezas da terra e a paz do ar puro em um campo de lemongrass. Esse é o clima da linha criativa que vejo na coleção.
Pôr do sol na África: amarelos intensos

Amarelo crepúsculo, coral, cereja, vinho/ uva, azuis  anil, cerúleo e turquesa –, off-white, cinza, preto, pinceladas generosas de radiant orchid e vermelho vívido, estão todos presentes. Ao lado de color crocos e neo pítons, desfilam zebras, tigres e leopardos de texturas sedosas (puro requinte!). Flores de aspecto intenso tingem paisagens filtradas três tons acima, apresentando a tendência que tem sido chamada natural landscape (embora surreal). Sem dúvidas, a criatividade na produção de estampas é um dos pontos fortes da marca. Ainda há fôlego para explorar o retorno ao Ocidente, em padrões como o pied-de-coq (um clássico sempre bem-vindo) e prints com uma pegada "metrópole aqui vou eu", a exemplo da tendência urban landscape  que ilustra paisagens urbanas processadasestilizadas.

Couros vêm acetinados e maleáveis, em peças inteiras, como saias e vestidos, ou em detalhes diferenciais, nos blazers, punhos de blusas, etc. Os jeans trazem modelagens elegantes, com efeitos stone washed e (levemente) destroyed (amo, quero agora!)Os acessórios são um momento à parte: a tribal vibe encontra a maxibijoux, gerando algo forte, belo e atemporal. Colares, lenços/ echarpes, braceletes, bolsas, cintos e sapatos tornam-se verdadeiros objetos-desejoA renovação do compromisso em atender aos diferentes estilos da mulher brasileira está confirmada. Da alfaitaria cool de peep toes, ao casual com ankle boots, Bobstore mostra que tem visão nítida e mão afinada, desenvolvendo uma coleção diversificada e muito versátil, onde reinterpreta, com o bom gosto e a sofisticação que lhes são característicos, as melhores e mais hot trends da temporada.

Disponível para lojistas, no Savoir Faire Showroom de Moda.



4 de junho de 2014

Café descolado

Costume nosso de cada dia; ou não

Para alguns, o café é olhado como um vício, algo da categoria "perigoso" e que deve ser evitado. Para outros, é tido como um hábito saudável, cultivado como herança de família. E geralmente ao falar sobre o assunto, vem um discurso do tipo "ame-o ou deixe-o". Você sabe o por quê? É pelo fato de ele ser uma substância que realmente afeta o ser humano, pois consegue alcançar os neurotransmissores no cérebro, estimulando funções de alerta, atuando na consciência e na memória. Além de saboroso, influente! Mas como transformar uma rotina tão comum em algo novo e tocante? Crie um visual diferente, com uma proposta que una utilidade, ousadia e perfume no mesmo artefato, e acrescente um agradável som de pássaros.

Foi isso o que fez a Publicidade da Nestlé, ao "redesenhar" a função do café solúvel. Com design criativo e de linhas limpas, conseguiu remodelar a relação atração x necessidade do consumidor com o próprio conceito individual do produto. Despertar, acordar, no sentido literal do termo, é o que é necessário para abrir o frasco e desligar o pequeno despertador inserido na tampa da nova embalagem. Então, voilà! O produto já conhecido pelo público libera sua fragrância quente e singular, aguçando ainda mais os sentidos. A edição é limitada e oferece no alarm clock sete opções de toques. O vídeo de lançamento é um pocket show à parte. Confira no link abaixo essa grande sacada comercial: