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"Vintage" shape: irretocável! (Detalhe: o figurino acima foi feito na atualidade. Incrível, não?!) |
Muito se fala a respeito dele, mas nem todos sabem exatamente o que o termo Vintage quer dizer. O significado, em princípio, era somente de algo realmente antigo, assim como ainda consta no dicionário. Para os vinhos, a nomenclatura corresponde a uma safra de qualidade excepcional, não necessariamente antiga. Porém, mais que um status de excelência e modelo de roupa, sapato ou acessório, o sentido essencial designa um estilo de vida, um gosto pelo que é ou tem aspecto “antigo”. É, como diz uma amiga minha, "ver o mundo em sépia", referindo-se à lente e ao filtro usados na máquina fotográfica e no Photoshop.
A diferença entre Retrô, Vintage e Antiguidade, por sua vez, está na idade e na "autenticidade temporal" do item em si: O primeiro é feito na atualidade com referências e materiais que remetem a épocas passadas (como indica o próprio termo retrô), mas não é simplesmente uma cópia, é uma homenagem, um resgate do valor não monetário que o objeto possuía e pode voltar a ter; O segundo corresponde a algo que tenha menos de cem anos de idade e mais de vinte (geralmente convencionado entre as décadas de 1930, 40, 50 e 60); e O terceiro é todo artigo que tenha mais de cem anos de idade.
A diferença entre Retrô, Vintage e Antiguidade, por sua vez, está na idade e na "autenticidade temporal" do item em si: O primeiro é feito na atualidade com referências e materiais que remetem a épocas passadas (como indica o próprio termo retrô), mas não é simplesmente uma cópia, é uma homenagem, um resgate do valor não monetário que o objeto possuía e pode voltar a ter; O segundo corresponde a algo que tenha menos de cem anos de idade e mais de vinte (geralmente convencionado entre as décadas de 1930, 40, 50 e 60); e O terceiro é todo artigo que tenha mais de cem anos de idade.
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Decoração retrô vintage, exemplo minimalista |
Quem segue um estilo vintage/ retrô é, muitas vezes, chamado "descolado" ou "antiquado", dependendo de onde vive: se está em uma grande metrópole, como São Paulo, receberá o primeiro adjetivo; se mora em uma cidade pequena, é "rotulado" com o segundo. Vemos, assim, que essa coisa de "rotular" pessoas é realmente ultrapassada, e no mau sentido da palavra. Nos setores de Arte e Design de Interiores, que andam sempre lado a lado, a tendência é muito presente. Um belo móvel ou artefato "envelhecido", bem conservado e devidamente restaurado/repaginado, ganha um charme todo especial, capaz de conferir ao ambiente um toque de originalidade e aconchego. Reutilização, além de útil, sustentável!
Gostaria muito escrever sobre esse tema sem ter que mencionar a Amy Winehouse, mas é impossível. Pois, foi ela quem “deu a cara aos tapas”, quando resolveu vestir o que vestiu e cantar o que cantou. Fez isso de modo tão natural (e sem clichê) que o mundo se curvou ao seu talento. Na "clareira" aberta pela estrela, agora elevada a mito, também conquistaram espaço nomes como Duffy, Dionne Bromfield, Adele e Mayer Hawthorne. Adentrando por influências que passam pelo Jazz, R&B, Blues, Soul, Bossa Nova, dentre outros, têm feito grande sucesso com esse estilo musical(e pessoal) que segue na contramão do Pop (embora esse já tenha sido inevitavelmente influenciado por aquele). Soam como algo que já se ouviu nos anos 50, 60 e 70, contudo, trazem o frescor e o belo verniz das novidades.
Não se tratam, portanto, só de regravações (muito menos de plágios), mas do redescobrimento de sonoridades realmente interessantes e menos alienantes que tantos “bate-estacas” sem sentido (e não estou aqui falando dos autênticos gêneros eletrônicos, como o Trance e o Dubstep). A influência desse movimento alcança ainda o chamado Indie, música alternativa/ underground que reúne àquelas tendências uma pegada Rock, Folk e Synth. Como seus expoentes, podemos mencionar Lana Del Rey (a musa com voz de cantora da Era do Rádio), Florence Welch (claramente influenciada pelos vocais de Annie Lennox), Lorde, The Last Shadow Puppets, Keane e Hurts.
Desse modo, nasce um Retrô como desmembramento do Vintage, uma releitura sobre ele. Um modus operandi que ultrapassa o ramo das Artes, entra pela Sociologia e floresce lindamente na criação de Moda. Há, inclusive, grifes que se especializam em roupas com modelagens e detalhes de épocas passadas. O resgate de itens ignorados durante alguns anos surge como o novo cool – óculos com lentes arredondadas e também o estilo wayfarer; coques no topo da cabeça e tranças, para as mulheres; cortes clássicos bem arrumados, para os homens, junto com um bigode bem cuidado ou uma barba meio desajustada, intencionalmente planejada; etc. Impressionante, não é mesmo? Até quem se achava muito contemporâneo está usando, seguindo o ritmo natural da moda, um mar de informações que sempre vão e voltam.
Gostaria muito escrever sobre esse tema sem ter que mencionar a Amy Winehouse, mas é impossível. Pois, foi ela quem “deu a cara aos tapas”, quando resolveu vestir o que vestiu e cantar o que cantou. Fez isso de modo tão natural (e sem clichê) que o mundo se curvou ao seu talento. Na "clareira" aberta pela estrela, agora elevada a mito, também conquistaram espaço nomes como Duffy, Dionne Bromfield, Adele e Mayer Hawthorne. Adentrando por influências que passam pelo Jazz, R&B, Blues, Soul, Bossa Nova, dentre outros, têm feito grande sucesso com esse estilo musical
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Mayer Hawthorne: um cara do "passado" |
Desse modo, nasce um Retrô como desmembramento do Vintage, uma releitura sobre ele. Um modus operandi que ultrapassa o ramo das Artes, entra pela Sociologia e floresce lindamente na criação de Moda. Há, inclusive, grifes que se especializam em roupas com modelagens e detalhes de épocas passadas. O resgate de itens ignorados durante alguns anos surge como o novo cool – óculos com lentes arredondadas e também o estilo wayfarer; coques no topo da cabeça e tranças, para as mulheres; cortes clássicos bem arrumados, para os homens, junto com um bigode bem cuidado ou uma barba meio desajustada, intencionalmente planejada; etc. Impressionante, não é mesmo? Até quem se achava muito contemporâneo está usando, seguindo o ritmo natural da moda, um mar de informações que sempre vão e voltam.